O grupo Infraestruturas de Portugal (IP) terminou o primeiro semestre de 2025 com um resultado líquido consolidado de 78,5 M€ e Ebitda de 267,6 M€. Durante o primeiro semestre, a IP manteve uma trajetória de forte investimento em infraestruturas rodoferroviárias cujo valor ascendeu a cerca de 250 M€.
No final do primeiro semestre de 2025, o Grupo IP apresenta um Resultado Líquido positivo de 78,5 milhões de euros (M€), que compara com o resultado líquido positivo de 70,7 M€ registado em igual período de 2024. O EBITDA e o Resultado Operacional mantêm-se positivos, ascendendo aos 267,6 e 159,2 M€, respetivamente, o que compara com 277,5 M€ e 159,1 M€ registados em período homólogo de 2024.
Os rendimentos operacionais atingiram 710,3 M€, ou seja, 3,8 M€ acima do montante verificado no primeiro semestre de 2024, principalmente impulsionados pelo aumento de rendimento com Contratos de Construção (+28M€), Indemnizações Compensatórias (+11M€), Tarifa Ferroviária (+3M€) e CSR (+3M€), compensadas pela redução do rendimento com Portagens (-42M€).
Por sua vez, os gastos operacionais fixaram-se em 551 M€, representando um aumento de 3,6 M€ quando comparado com o primeiro semestre de 2024, sendo de destacar o incremento do nível de intervenções na infraestrutura rodoferroviária sob gestão da IP, com um aumento de gastos com conservação rodoferroviária (+11,1 M€), a que acresce o aumento dos gastos com pessoal (+4,2 M€), aumentos esses que foram parcialmente compensados por uma redução dos gastos com amortizações (-10 M€) e outros fornecimentos e serviços externos (-3,5 M€).
Relativamente ao resultado financeiro, a melhoria de 5,3 M€ ficou a dever-se à redução da componente dos juros afetos às subconcessões, em virtude da descida do passivo associado. Durante o primeiro semestre de 2025, a IP manteve uma trajetória de forte investimento em infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, com um investimento realizado na rede ferroviária de 182 M€, cerca de 37,5 M€ abaixo do valor registado no 1.º semestre de 2024, refletindo a conclusão da generalidade dos projetos do Ferrovia 2020, e na rede rodoviária de 67,3 M€, dos quais 53,5 M€ em investimentos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mais 27,9 M€ do que em igual período de 2024.
No final do 1.º semestre de 2025, a dívida financeira da IP fixou-se em 3.261 M€, mantendo-se a tendência de redução. A junho de 2025, a redução da dívida no montante de 22 M€ resultou das amortizações de capital previstas nos planos de reembolso dos empréstimos contraídos junto do BEI.
Por fim, destaca-se a manutenção da política de financiamento prosseguida pelo acionista assente na capitalização da IP (empresa-mãe do Grupo) através de operações de aumento de capital as quais, no primeiro semestre de 2025, ascenderam a 699,8 M€. Estas operações de aumento do capital visaram a cobertura das necessidades de financiamento resultantes dos encargos com PPP - Parcerias Público-Privadas rodoviárias, investimentos ferroviários e serviço da dívida.