A declaração é de Catarina Pereira Coutinho, Diretora de Sistemas de Informação da Infraestruturas de Portugal, em entrevista ao jornal ECO, no podcast À Prova de Futuro.
A Diretora de Sistemas de Informação da Infraestruturas de Portugal (IP), Catarina Pereira Coutinho, foi convidada do podcast À Prova de Futuro, do jornal ECO, onde abordou os desafios e oportunidades que a transformação digital coloca às infraestruturas críticas nacionais.
Na entrevista, a responsável destacou que a adoção de novas tecnologias é essencial para garantir a modernização e competitividade da IP, sublinhando que os riscos associados não podem ser motivo para travar o progresso.
“As novas tecnologias trazem riscos, mas se não as adotarmos estamos a perder o comboio”, afirmou.
Catarina Pereira Coutinho explicou que "a IP tem vindo a investir em soluções inovadoras como drones, realidade aumentada e digital twins" - esta última uma tecnologia altamente transformadora - enquanto ferramentas que permitem reforçar a eficiência na gestão e manutenção das redes rodoviária e ferroviária.
A importância da cibersegurança e das pessoas
A escala gigantesca da IP - por ano são feitos 35 milhões de quilómetros na sua rede ferroviária e 25 mil milhões nas estradas - obriga a empresa a dar “uma importância enorme à cibersegurança, tentando ao máximo mitigar os riscos”, sublinha. E como decorre esse processo? “Com a ajuda interna da IP Telecom, a empresa conduz simulações de ataque e prepara planos de contingência, aproveitando também as capacidades da IA para identificar ameaças”, explica.
A Diretora salientou ainda a importância de integrar a cibersegurança e o fator humano em todo o processo de digitalização, promovendo uma cultura de segurança transversal a toda a organização:
“Somos todos cibersegurança — desde o guarda da passagem de nível até ao CEO.”
Acresce que a IP acompanha de perto as novas exigências regulatórias europeias, como a Diretiva NIS 2 e o Regulamento da Inteligência Artificial, garantindo a conformidade e a resiliência das infraestruturas sob sua gestão.
Com uma visão assente na inovação tecnológica, segurança e capacitação das equipas, Catarina Pereira Coutinho sublinhou que a transformação digital da IP é, acima de tudo, um processo conjunto:
“Não se trata apenas de adotar tecnologia, mas de trabalhar a tecnologia em conjunto com as pessoas.”
Aceda à entrevista completa no jornal ECO.
Fotos: Hugo Amaral/ECO