Obra de 9,5 milhões de euros permitirá aliviar o trânsito, reforçar a segurança rodoviária e reduzir o impacto ambiental. Conclusão prevista para 2026.
Enquanto sol e lua se revezam no céu do Montijo, avança a bom ritmo a construção da Variante da Atalaia, na EN4. Trata-se de uma das obras rodoviárias mais aguardadas da região do Montijo, com um impacto direto no quotidiano de milhares de condutores. Em pleno cenário rural, onde o cheiro do campo se mistura com o pó da obra, nasce uma infraestrutura com potencial para transformar a mobilidade regional.
Com 3,8 quilómetros de extensão e um investimento de 9,5 milhões de euros, a empreitada tem um objetivo claro: criar um acesso direto à A33 que permitirá a quem vem de Évora, Vendas Novas ou Estremoz chegar a Lisboa sem passar pelo centro do Montijo. Menos trânsito, menos congestionamento urbano, mais tempo ganho para todos.
Um eixo que liga regiões
O novo traçado não é apenas uma variante local. É um corredor estratégico que reforça as ligações entre o Alentejo e a capital, aproxima o interior do litoral e melhora a circulação de mercadorias. Para localidades como a Atalaia e o Passil, a mudança será evidente: menos camiões, menos ruído e menos poluição.
Ganhos em várias frentes
Os impactes previstos distribuem-se por quatro dimensões:
- Mobilidade – viagens mais rápidas e trânsito mais fluido;
- Segurança – saída de pesados das zonas habitacionais;
- Ambiente – menos emissões e menos ruído dentro das localidades;
- Sustentabilidade – recurso a misturas betuminosas com 20% de materiais reciclados.
Obras e desafios
Os trabalhos decorrem “a bom ritmo”, segundo Bruno Almeida Lopes, Diretor de Fiscalização da Infraestruturas de Portugal: “Esta é uma obra muito importante para a zona, com ganhos para as populações, sejam de qualidade na sua mobilidade, sejam ambientais. É um projeto que será muito importante quando estiver concluído.”
Na prática, a empreitada inclui uma via segregada na rotunda das portas da cidade do Montijo, novas rotundas e ramos no nó da A33 e na EN118, uma passagem agrícola, uma passagem superior, caminhos paralelos e restabelecimentos, além de mais de 5,6 quilómetros de pavimento novo.
Mais do que uma estrada
A Variante da Atalaia insere-se no quadro mais amplo de obras rodoviárias que reforçam as acessibilidades à capital. No futuro, deverá articular-se com os grandes investimentos ferroviários, incluindo a alta velocidade.
Quando abrir ao trânsito será mais do que uma estrada. Será um elo entre regiões, uma promessa cumprida para quem todos os dias depende da EN4 e um sinal de que é possível construir infraestruturas com atenção às pessoas e ao ambiente.
Informação: detalhes da construção da Variante da Atalaia na EN4
Financiamento
